sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cooperativas: acesso ao crédito fica mais fácil

O limite de financiamento do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) foi ampliado de R$ 25 mil para R$ 40 mil por associado. A medida acaba de ser autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reuniu hoje (25).



O CMN ainda definiu que todo recurso disponível para o programa, R$ 2 bilhões, poderá ser direcionado ao financiamento das cooperativas. Anteriormente, apenas metade desse valor poderia ser aplicado dessa forma.



Operado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Procap-Agro foi criado na safra 2009/2010 para promover a recuperação ou a reestruturação patrimonial das cooperativas de produção agropecuária, agroindustrial, aquícola ou pesqueira, via integralização de cotas-partes de capital. Nesta safra, foram disponibilizados R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão destinado, anteriormente, ao financiamento.



“Muitos produtores rurais, associados a cooperativas, não têm capacidade de pagamento ou limite de crédito para obtenção de novos financiamentos, principalmente por conta das prorrogações por frustração de safras, o que dificulta a capitalização da cooperativa via integralização de cotas-partes pelo associado”, explica o diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Araújo.



Araújo observa que, com as mudanças indicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e aprovadas pelo CMN, as condições para contratar o programa melhoram. “Mesmo antes dessa medida, já tínhamos boas notícias. Só o Banco do Brasil já tem comprometido recursos da ordem de R$ 800 milhões, com financiamentos contratados ou aprovados diretamente com cooperativas singulares”, informa. Fonte:Ministério da Agricultura.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Agricultura familiar - uma leitura apressada

Associado às cooperativas, o pequeno produtor já atua hoje no agronegócio. Por Reinhold Stephanes*


O equivocado censo relativo a um grupo fortemente heterogêneo de produtores rurais, intitulado de agricultores familiares, ganhou uma leitura apressada e trouxe à tona uma disputa que vai tomando proporções absurdas, dentro e fora do governo. E deve ser vista com preocupação porque incita a divisão imaginária e maniqueísta dos agricultores, distorcendo dados e tomando como iguais agriculturas muito diferentes, variando entre aquelas famílias rurais que produzem apenas para o autoconsumo e as propriedades mais eficientes e tecnificadas, que hoje são a maioria e atuam comercialmente. Com objetivos econômicos radicalmente diferentes, todas têm em comum, apenas, a gestão familiar.

O conceito central correto que interpreta tais diferenças é o da sociabilidade capitalista, processo social que gradualmente transforma as que produzem para o próprio sustento, integrando-as economicamente. Assim, em certo momento histórico se verificará a existência apenas do segundo grupo, com todos os produtores sendo ativos agentes econômicos. Essa foi a trajetória agrária dos países avançados, inexistindo razões lógicas para imaginar que o Brasil poderá seguir rumo radicalmente estranho a esse padrão.

No Brasil, a expressão "agricultura familiar" ainda abarca visões muito distintas, que costumam variar de acordo com a ideologia de quem a emprega, gerando nefastas manipulações, cujos objetivos são exclusivamente políticos. Há até perspectivas sonhadoras que apostam em um pequeno produtor anticapitalista e que pregam o retorno a um mágico comunitarismo coletivista e não mercantil. A maioria dos produtores discorda desse conceito, principalmente os que fazem parte da classe média rural.

Ilusionismos à parte, tem sido escamoteado que os critérios para nomear esses agricultores como familiares nasceram de uma demanda social dos anos 1990. Qual seja, uma política de financiamento da produção específica para os estabelecimentos de menor porte e sob gestão familiar. Nesse sentido, formalizado em 1994 para assegurar os recursos financeiros àqueles produtores, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi bem sucedido, pois aumentou notavelmente o volume de crédito e o número de agricultores atendidos, sobretudo sob a atual administração federal.

Causa espanto que muitos desconsiderem nossa história recente, começando com a revolução produtiva iniciada na década de 1970, que transformou o Brasil na atual potência agrícola. A espetacular modernização agrícola tem irrigado o campo sob densa capilaridade monetária, alicerçando as cadeias produtivas e estimulando um contínuo aperfeiçoamento tecnológico. A significativa elevação da produtividade agrícola apenas espelha tal fato. O que justificaria, portanto, a reiteração do passado e o discurso polarizador de apenas dois grupos sociais de produtores, os familiares e os não familiares, quando a agricultura é cada vez mais diversificada social e economicamente? Afinal, a maioria dos pequenos agricultores, especialmente no Centro-Sul, vinculados a cooperativas, também participa do agronegócio, ou seja, das cadeias produtivas constituídas no período contemporâneo. E a integração social e econômica, no final, é o que todos almejam.

A democratização do crédito rural já é uma realidade e, dessa forma, precisamos suplantar tais equívocos, reformulando o atual hibridismo ministerial e garantindo um segundo momento de modernização, consentâneo com as exigências atuais, especialmente as ambientais. Políticas diferenciadas, por exemplo, que atenuem a heterogeneidade ignorada por aqueles que distorcem o conceito de agricultura dita familiar. Ações destinadas a eliminar a pobreza rural, que hoje está concentrada em regiões do Norte, principalmente e, do Nordeste, mas sempre almejando a plena integração econômica e social dos produtores de menor porte.

Em especial, é preciso focar na esquecida classe média rural, que se tornou a maior credora da modernização econômica nos países de agricultura avançada. Apoiá-los, cada vez mais, sob políticas que promovam a prosperidade sócio-econômica e estimulem um modelo ambientalmente sustentável, essa é a nossa tarefa central.

O Ministério da Agricultura, mobilizando o melhor da ciência agrícola sob o comando da Embrapa, com apoio da rede estadual de pesquisa, e fundando-se em sua centenária experiência a serviço de todos os agricultores, está plenamente preparado para liderar esse desafio. Superados os equívocos que emperram essa quadra histórica, a agricultura brasileira será ainda mais exemplar para o mundo.

* Reinhold Stephanes é ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Fonte: Valor Eoconômico - 24 de fevereiro de 2010.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dias de aflição à espera das chuvas

Seca chega mais forte ao Norte de Minas Gerais e arrasa plantações de milho e de feijão, antes mesmo do período crítico da estiagem. Volume de água em reservatórios, córregos e rios diminui, deixando produtores apreensivos.

A vegetação e o pasto estão verdes. A impressão que se tem é de que está tudo bem no campo, mas, por trás das aparência a realidade é outra no Norte de Minas Gerais. Os agricultores enfrentam muitas perdas nas lavouras e estão preocupados com o que virá. Há motivo para esse temor: a "seca verde" que volta a se repetir na região. Em meio à onda de calor enfrentada no país, o sol forte castiga o Norte do estado há mais de 45 dias e vem produzindo efeitos devastadores. Em alguns municípios, as lavouras de milho e feijão amargam perdas superiores a 50%. Agora, a estiagem ameaça as pastagens. O volume de água nos reservatórios (tanques), rios e córregos também diminuíu. Diante desse quadro, produtores não veem alternativa. É rogar para os céus, pedindo a chuva. Se ela não voltar nos próximos meses, a região poderá sofrer com uma nova catástrofe no período normal - e mais crítico - da estiagem, que vai de maio a outubro.

No início do atual período chuvoso, a situação parecia melhorar, principalmente, para os agricultores que vivem das lavouras de subsistência. Com as boas chuvas de outubro, novembro e dezembro, fizeram o plantio. A semente nasceu bem e eles acreditaram que teriam farta colheita. "Houve um entusiasmo entre os agricultores de que o ano seria bom de chuva", afirma o gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas (Emater-MG) em Janaúba, Valmissoney Moreira Jardim.

Contrariando a expectativa, no início de janeiro, no momento de as lavouras "vingarem", quando mais era necessária a sua produção, não caiu água. As mais prejudicadas pelo "veranico" foram as plantações de milho, muito importantes na agricultura de subsistência por garantir a alimentação do gado e dos pequenos animais no período crítico da estiagem. "Somente Deus para ter piedade da gente", diz o produtor Domingos Gomes Barbosa, de 67 anos, da localidade de Pajeú II, no município de Janaúba. Ele plantou sete hectares de milho. Poderia colher 210 sacas (30 por hectare).

"Mas a chuva não veio na hora certa e não vai dar para colher", afirma seu Domingos, sem conseguir esconder a tristeza, ao ver a plantação "queimada" pelo sol. Ele decidiu soltar as vacas dentro do milharal, "para aproveitar, pelo menos, as folhas", conta. A realidade é bem diferente da safra chuvosa 2008/2009, quando plantou 17 hectares de milho e colheu 412 sacas.

A perda da roça de milho e o comprometimento do pasto levam a uma preocupação a mais para o agricultor, de como alimentar as 40 reses da fazenda, durante o período crucial da seca, a partir de maio. Ele fez um plantio de 3,5 hectares de sorgo, para a silagem, mas acredita que não será o suficiente. "Se a chuva não voltar nos próximos dois meses, vou ter que vender mais da metade do gado", diz seu Domingos.

Vizinha de Domingos, a sitiante Inês Lina de Souza, de 77 anos, plantou uma área de 2 hectares de milho no terreno localizado no fundo da casa em que mora. A colheita da rocinha garantia a criação de galinhas e alguns porcos, atividade que complementa a aposentadoria e ajuda no sustento da família. Mas, Lina explica que o sol foi tão forte que destruiu até o mesmo o feijão catador, cultivado no meio do milho e que é mais resistente ao clima seco. "Agora, em lugar de vender, vou ter que comprar milho. O pior é que está muito caro. Custa R$ 30,00 a saca", lamenta a agricultora.

Os prejuízos da "seca verde" se multiplicam em outros municípios do Norte do estado. A família de Enedina Xavier Ruas, de 74 anos, da localidade de Traçadal, município de Francisco Sá, plantou 4 hectares de milho. Como faltou chuva, as espigas não granularam. Ela, agora, tenta aproveitar o que sobrou, alimentando o gado. "Rezamos para chover, pelo menos para salvar o pasto", afirma a experiente agricultora.

O vaqueiro César Gomes, da mesma propriedade, plantou meio hectare de milho, sonhando com uma renda extra. "Mas, não vai dar para colher nada", constata. "Dona" Enedina tenta se acostumar com as estiagens sucessivas. Ela conta que todo ano a família planta uma roça de milho para fazer "reservas" para alimentar o gado nos períodos mais difíceis, tentando encher um paiol na sede da fazenda. "Mas, faz 12 anos que esse paiol está vazio", afirma. Os prejuízos também são contabilizados pelos agricultores Jorge José dos Santos e Dalva Isabel de Oliveira.

O casal plantou uma lavoura de dois hectares de milho. "A semente nasceu bem. Se chovesse bem em janeiro, a gente colheria cerca de 30 sacas por hectare. Mas, agora, acho que a roça toda não vai dar nem cinco hectares", afirma Jorge. Em Traçadal, a angústia não é maior porque os agricultores recorrem a poços tubulares. Por enquanto, os reservatórios de captação de água de chuva ainda estão cheios. Mas, se prevalecer o sol forte, isso não vai durar muito tempo. Os córregos da região já estão secos. Fonte: Jornal Estado de Minas

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

MG sedia evento das Ceasas latino-americanas

Está prevista para o período de 24 a 27 de março, em Belo Horizonte e Contagem, a realização do Encontro da Federação Latino-americana de Mercados de Abastecimento (Flama), um dos mais importantes eventos internacionais para discutir o desenvolvimento dos entrepostos atacadistas da região. Promovido pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), o evento vai reunir dirigentes, técnicos e demais lideranças do setor agroalimentar.

A programação inclui apresentações e palestras sobre assuntos como a realidade das Ceasas, combate ao desperdício e segurança alimentar, legislação do setor e planejamento estratégico da Flama. Ainda está prevista uma visita técnica ao entreposto de Contagem da CeasaMinas, considerado o mais diversificado do país e o segundo no país em oferta de hortigranjeiros, cereais e industrializados.



A Abracen é presidida pela CeasaMinas desde abril do ano passado. A entidade conta hoje com 26 Ceasas filiadas que movimentam em torno de R$ 17 bilhões e ofertam cerca de 17 milhões de toneladas de produtos. Os entrepostos congregam 10 mil empresas estabelecidas e geram 200 mil empregos diretos (Ascom/Ceasaminas)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Superagro 2010 traz novos eventos da área do conhecimento

A Superagro Minas realiza sua sexta edição em 2010, no período de 26 de maio a 6 de junho, em Belo Horizonte, trazendo novos eventos na área do conhecimento. A feira terá nesse ano a II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária e a Expovet - Feira de Negócios, Serviços e Produtos Pet e Veterinários, que terá uma grade de palestras com temas de mercado e saúde animal. Terá também o Ciclo de Aulas Técnicas, que volta devido ao bom desempenho alcançado em 2009 junto aos estudantes de áreas afins ao agronegócio.



A feira é uma promoção do Governo de Minas, por intermédio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Sebrae Minas. Em 2009, o evento recebeu cerca de 64 mil visitantes.



Criada em 2005, a Superagro tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento do agronegócio mineiro reunindo, no mesmo ambiente, os produtores rurais e as empresas fornecedoras de insumos, máquinas, equipamentos e serviços para as diversas atividades do agronegócio, firmando-se como oportunidade para a prospecção e realização de negócios. É oportunidade também para apresentar ao público urbano a importância do campo para o abastecimento da população e para a economia de Minas e do Brasil. De janeiro a outubro de 2009, o agronegócio mineiro movimentou R$ 83,65 bilhões, de acordo com o “Perfil do Agronegócio Mineiro”, publicado em janeiro desse ano pela Secretaria de Agricultura de Minas. O setor responde por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.



Defesa Agropecuária - Na II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária estará em debate o futuro do setor, por meio de palestras, minicursos e workshops que reunirão veterinários, zootecnistas, agrônomos, biólogos, técnicos agrícolas e farmacêuticos, além de representantes de órgãos dos governos e da iniciativa privada. A Conferência vai trabalhar com base nos resultados apontados pelo Projeto de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária, realizado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com apoio do Ministério da Agricultura, dos órgãos de defesa agropecuária dos estados e de instituições de ensino superior e pesquisa. O projeto identificou gargalos existentes no setor em nível nacional como a necessidade de se avançar na legislação, informatização, interação entre os agentes do setor e no aumento de profissionais. “O que buscamos é uma defesa agropecuária com visão de futuro”, argumenta o coordenador do Projeto, Evaldo Vilela, lembrando que o Brasil possui reconhecidamente uma das legislações mais completas nessa área.



Vilela reforça que o Projeto surgiu da necessidade de levar o assunto "defesa agropecuária" para dentro das universidades. “O agronegócio do Brasil é potente, mas para se manter assim, precisa de uma defesa agropecuária forte. Fortalecer a área para uma atuação mais eficiente exige a formação de profissionais mais capacitados”. Vilela assegura que essa foi a motivação básica do Projeto, mas outras vieram em conseqüência, como “conhecer quais as tecnologias disponíveis no Brasil com aplicação na defesa e entender o que pensa o usuário da defesa e as demandas dos empresários do setor”. A II Conferência é uma promoção do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Ministério da Agricultura.



Expovet - As palestras programadas pela Expovet serão gratuitas e a programação preliminar já consta nos sites www.expovet.com.br e www.superagro2010.com.br . Poderão participar lojistas e proprietários de pet shops e médicos veterinários. Inicialmente estão previstos treze temas, focados basicamente em ações de mercado e saúde animal. Entre eles, doping em cavalos e diagnóstico e tratamento de cólicas em equinos, marketing e merchandising, consultoria administrativa e financeira para pet shops, técnicas de banho e tosa e a importância da informatização dos estabelecimentos pet. Paralelamente às palestras, a Expovet vai apresentar produtos e serviços diversos para pequenos animais nas áreas de nutrição e saúde e outros como tratamentos para emagrecimento, além de mobiliário para as lojas.



O mercado pet - que inclui pequenos animais como cães, gatos, aves e pássaros - entre outros, vem crescendo em Minas Gerais, assim como no Brasil. Somente em território mineiro há 4.698 pet shops. E para atender a esse mercado, há cada vez mais produtos, medicamentos, variedade de alimentos, serviços e acessórios, entre muitos outros. O objetivo da feira é aproximar os empresários e os profissionais do setor das últimas novidades desse segmento. “Minas é um mercado crescente, mas os proprietários dessas lojas geralmente se dedicam a todos os afazeres do estabelecimento e, com isso, não têm muita oportunidade para frequentar feiras, principalmente fora do Estado. A Expovet na Superagro terá a função de fazer essa ponte entre profissionais, empresários e mercado”, explica Fabiana Braz, da Primor Eventos, empresa que realiza a feira. (Seapa-MG)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Café: fonte de energia para o carnaval

O cafezinho de todos os dias é também uma excelente fonte de energia para os foliões neste Carnaval. Além da cafeína (substância mais conhecida), cada grão possui grande variedade de minerais, como potássio, cálcio, sódio, ferro, aminoácidos, triglicerídeos e ácidos graxos livres, além de açúcares como glicose, frutose, maltose e polissacarídeos.



O café também contém a niacina (vitamina B3) e, em maior quantidade que todos os demais componentes, os ácidos clorogênicos, que ajudam na remoção de radicais livres, reduzindo o envelhecimento precoce dos tecidos.



Energia - O consumo regular de até quatro xícaras diárias, ajuda a manter o corpo ativo, além de aumentar a sensação de bem-estar e humor. Isso porque a cafeína anula os efeitos da substância química, que causa o sono (adenosina), e otimiza os efeitos da microcirculação, que melhora o fluxo sangüíneo. O café contém de 1 a 2,5% de cafeína, que produz esse efeito estimulante.



Pesquisas - Administrado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Café, e financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) do Ministério da Agricultura, o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café elabora pesquisas sobre as influências da bebida no organismo humano. Esses estudos, de profissionais da área de saúde de países, como Estados Unidos e Japão, comprovaram, por exemplo, que o café pode fazer bem ao coração, evita a depressão, estimula o aprendizado, ajuda a controlar hiperatividade e contribuem para dietas para emagrecimento.



“Além disso, o uso farmacêutico do grão já vem sendo discutido e pode se tornar, em breve, uma realidade no mercado brasileiro”, ressalta o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Lucas Tadeu Ferreira. (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pena Branca vira notícia

Foi grande, principalmente nos sites de notícia, a repercussão da morte do cantor Pena Branca. Só em blogs foram cerca de 110 mil postagens. Os principais meios de comunicação, como a TV Globo, também não deixaram passar “em branco”.

É satisfatório saber o interesse do meio urbano pelas “coisas” do Brasil rural. Pena que só dão valor a grandes nomes da nossa música depois que eles se vão. Fica um alento a repercussão da perda de Pena Branca. O mesmo não se pôde dizer quando da morte do grande violeiro Tião Carreiro e do próprio Xavantinho.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A música caipira perde Pena Branca

“Palavra Rural” tem como sua primeira postagem uma notícia que abalou os amantes da música sertaneja de raiz.

Foi sepultado ontem em São Paulo, o corpo do cantor José Ramiro Sobrinho, mais conhecido como Pena Branca que por muitos anos formou dupla com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho, falecido em 1999. Pena Branca morreu no dia 8 de fevereiro de 2010, aos 70 anos. Ele passou mal em casa, no bairro do Jaçanã, zona Norte de São Paulo. O cantor sofreu um infarto e foi levado para o hospital, mas não resistiu.

Pena Branca e Xavantinho começaram a cantar em 1962 e formaram umas das mais representativas duplas da música caipira brasileira. Depois da morte de Xavantinho Pena Branca seguiu carreira sozinho e conquistou um Grammy Latino.


Pena Branca nasceu em Igarapava (SP) em 4 de setembro de 1939 e foi o primeiro dos sete filhos do casal Dolores Maria de Jesus e Francisco Silva. Três anos mais tarde nasceu Xavantinho, já no Distrito de Cruzeiro dos Peixotos, município de Uberlândia, onde o pai possuía uma pequena lavoura e criava gado em terras arrendadas.

Entre os sucessos cantados por Pena Branca e Xavantinho, estão Cálix Bento, Chalana, Cio da Terra e Flor do Cafezal. São músicas que fazem parte não só do sucesso de pena Branca e Xavantinho, mas de várias gerações de amantes da música caipira. (Com informações do Jornal Correio de Uberlândia)