sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Chuvas aumentam as voçorocas




O período chuvoso, sem dúvida, é o melhor para o produtor rural. É nesta época que o campo se transforma, com tudo verde e os animais ficam mais saudáveis. A chuva, porém, traz uma preocupação que já entrou na agenda do produtor mais consciente da preservação ambiental. As voçorocas, ou aquelas verdadeiras crateras abertas pela ação da chuva e dos ventos, aumentam nesse período.

Por isso, é louvável a iniciativa do poder público em algumas regiões em remunerar o pequeno produtor conforme as ações de preservação ambiental. Essas ações, até então, têm sido restritas a preservação de matas ciliares e nascentes. Mas as voçorocas podem fazer parte dessas medidas. Afinal, toda a terra arrastada pelas chuvas e pelo vento acaba indo para os cursos d´água como córregos e rios.

É bom que o produtor comece a se preocupar com o problema não só quando já estiver em elevado grau de degradação. Os pequenos sinais em meio a pastagens, lavouras e até em estradas já devem ser tratados com atenção para não agravar o problema.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Embrapa indica variedades de amendoim para o Semiárido

Três cultivares de amendoim desenvolvidas pela unidade de Algodão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Campina Grande (PB), são recomendadas para o Semiárido nordestino. As variedades BR1, BRS 151 L7 e BRS Havana já estão disponíveis na Embrapa Transferência de Tecnologia, em Brasília (DF). A oleaginosa também tem potencial para a fabricação de biodiesel, umqa vez que algumas variedades produzem até 50% de óleo.



As cultivares são tolerantes à seca, apresentam ciclo curto e grãos com características exigidas pelo mercado interno e pela indústria. A BR1, mais procurada pelos produtores nordestinos, tem baixo teor de óleo (45%) e 29% de proteína bruta. Seu ciclo médio é de 90 dias. A BRS 151 L7 é a mais precoce, com ciclo de 87 dias. O teor de óleo bruto nas sementes é 46%. Já a BRS Havana tem ciclo de 90 dias e o menor teor de óleo (43%) entre as cultivares utilizadas no Brasil.



A maior parte do amendoim brasileiro é cultivada na região Sudeste, seguida pelo Centro-Oeste e Nordeste. São Paulo se destaca com cerca de 80% da produção nacional. Os principais produtores do Nordeste são a Bahia, Sergipe, Ceará e Paraíba. A região é também a segunda maior consumidora de amendoim do Brasil. O sistema de produção típico é o de agricultura familiar, com pouco uso de insumos ou mecanização.



No mês passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a relação dos municípios com novas áreas aptas ao plantio da oleaginosa no Ceará e Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O estudo para indicação das áreas – o zoneamento agrícola de risco climático – leva em conta os períodos de plantio para o cultivo das variedades em condições de baixo risco climático.



Para obter mais informações e adquirir sementes das cultivares, basta entrar em contato com o escritório de negócios da Embrapa em Campina Grande (PB), na Rua Oswaldo Cruz, 1143 – Bairro Centenário – Caixa Postal 174 CEP – 58107-720, ou ainda pelos e-mails encpg.snt@embrapa.br e sementes@cnpa.embrapa.br. (MAPA e Embrapa)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Governo quer incentivar produtores de orgânicos

“A redução de impostos e pagamentos por serviços ambientais, além de incentivos governamentais ao produtor de orgânicos são algumas formas de reduzir gastos e fomentar o setor”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, em palestra, na noite de ontem, durante a BioFach América Latina 2010. O evento segue até amanhã.



Segundo ele, esse é um tema que surge agora na pauta de discussões do setor, que busca, por meio de redução nas questões tributárias e fiscais, reduzir os gastos do agricultor. “Queremos que o produto orgânico tenha preços mais competitivos e que seja permitida a universalização do acesso”, destaca Dias. Ele conta que esse desafio foi colocado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em café da manhã orgânico promovido por representantes do setor, no Palácio do Planalto, há quatro meses. “Uso as palavras do nosso presidente: temos que buscar medidas fiscais e tributárias que permitam o acesso de toda a população aos produtos orgânicos, dos mais ricos aos mais pobres”.



Para Rogério, esse é o início das discussões, que será útil para que empresários e governo comecem a pensar não só em como baixar tributos, mas como também colocar a questão de pagamento por serviços ambientais, que podem ser reduzidos. “Já existem iniciativas, não só no Brasil, mas em outros países, e às vezes são pequenas medidas como essas que podem ser adotadas, trazendo resultados bastante positivos”.



A questão da assistência técnica também é importante e pode ser reforçada com profissionais do governo federal capacitados a levar informações da agricultura orgânica aos produtores, pois, hoje, é um dos grandes desafios para o crescimento do setor. “Aí entra o papel de órgãos, como os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que têm recursos e já vêm investindo em capacitações de produtores”, conclui Dias. (Sophia Gebrim/MAPA)