quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Presidente da CNA destaca importância do Brasil como fornecedor mundial de alimento de qualidade e barato

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou nessa terça-feira (4-10), em Bruxelas, na Bélgica, que a produção brasileira de grãos e de carnes precisará mais que dobrar até 2050, quando será preciso produzir alimento para uma população adicional de 2,3 bilhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O papel do Brasil nesse cenário é fundamental para garantir comida de qualidade e barata, que abasteça o mercado brasileiro e gere excedentes para exportação.

Durante o 5º Encontro Empresarial Brasil – União Européia, a senadora Kátia Abreu lembrou que os incrementos da produção nacional serão possíveis a partir de um quadro de segurança jurídica que garanta os investimentos necessários para o setor agropecuário e da adoção de tecnologias que aumentem a produtividade da agropecuária brasileira, sem a necessidade de abertura de novas áreas de produção. Lembrou, também, que a fome do mundo hoje é fruto da falta de renda e não da falta de alimentos. “As pessoas que passam fome hoje não têm renda suficiente para comprar alimentos”, afirmou.

Ao participar do painel “Oportunidades de Investimento”, a presidente da CNA lembrou que o novo Código Florestal brasileiro, que está sendo discutido no Senado, não permitirá o aumento do desmatamento. A nova legislação apenas regulariza a situação dos produtores rurais, que estão em situação irregular em função das constantes mudanças da lei ambiental. “Os produtores brasileiros ocupam apenas 27,7% do território nacional de 851 milhões de hectares com a produção de grãos, fibras e biocombustíveis e mantêm 61% do território preservado”, afirmou. A senadora Kátia Abreu afirmou que 70% da produção brasileira é destinada ao mercado interno e que 30% é exportada, vendas que fazem do Brasil um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.

Para os empresários e autoridades do Brasil e da União Européia que participam do encontro, evento da Cúpula Brasil - União Européia, a presidente da CNA afirmou que o Brasil precisa, também, solucionar as deficiências de infraestrutura de transporte, especialmente na região do Arco Norte do País, que dificultam o escoamento e encarecem o frete do setor agropecuário. A senadora Kátia Abreu enfatizou, ainda, a importância do agronegócio para a economia brasileira e lembrou que o setor tem sido responsável pela manutenção do saldo positivo da balança comercial nos últimos 10 anos. Só em 2010, o saldo foi de US$ 20,3 bilhões.

A presidente da CNA destacou, também, as perspectivas de crescimento do setor sucroalcooleiro e da silvicultura, setores que também podem se desenvolver sem comprometer o meio ambiente. Explicou que, no caso da cana-de-açúcar, as áreas permitidas para o plantio estão distantes da Amazônia e que a expansão dos canaviais não representa nenhum risco à maior floresta tropical do mundo. A senadora Kátia Abreu acrescentou que o Brasil vai cumprir, 10 anos antes do previsto, a meta assumida, em 2009, pelo governo brasileiro junto à Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir o desmatamento em 80% até 2020. “Não há dúvidas de que o grande negócio do Brasil é alimentar as pessoas e preservar o meio ambiente”, finalizou.
Fonte: Ascom/CNA

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Trator com controle remoto pode dar precisão ao campo

Os fabricantes de equipamentos agrícolas estão explorando uma nova fronteira: a agricultura sem o agricultor.
A Kinze Manufacturing Inc. e a Jaybridge Robotics estão desenvolvendo uma tecnologia que permitirá que tratores sejam operados sem ninguém atrás do volante. Outros fabricantes de equipamentos, tais como a Case IH, exploram maneiras de automatizar o trabalho agrícola.
Nos últimos dez anos, o trabalho de adivinhação ligado ao plantio e à colheita de milho, trigo e outras culturas foi sendo eliminado por meio de sistemas precisos guiados por satélite, que podem ajudar a gerenciar cada polegada de uma propriedade, garantindo eficiência e ajudando-o a evitar erros que possam prejudicar a produção.
O plantador autônomo desenvolvido pela Kinze e Jaybridge Robotics chegará ao mercado no início de 2012.
Ainda assim, à medida que as propriedades agrícolas se expandem, os produtores se encontram sob maior pressão para encontrar mão de obra qualificada. O foco em sistemas de precisão tem aumentado à medida que sobem os preços de cultivo e os custos de fertilizantes se tornam mais voláteis.
Os agricultores necessitam de condições ideais para o plantio e a colheita. Especialmente nas regiões sub-tropicais, as temperaturas e a umidade do solo muitas vezes só são ideais para o plantio durante um curto espaço de tempo e conseguir semear a terra ou fazer a colheita na hora certa é um desafio.
A falta de tempo muitas vezes é agravada pela escassez de mão de obra que pode ocorrer durante os períodos de plantio e colheita, quando os agricultores mais precisam de ajuda. Alguns proprietários rurais também relutam em entregar a trabalhadores com pouca experiência equipamentos que podem custar mais de US$ 500.000
A Kinze, empresa do Estado agrícola de Iowa, com a ajuda de Jaybridge Robotics, de Massachusetts, está desenvolvendo dois produtos destinados a reduzir as pressões de tempo e mão de obra que os agricultores podem enfrentar.
O semeador autônomo da Kinze determina a rota mais eficiente para o plantio de um campo para logo fazer a semeadura sem a necessidade de um motorista. Um sistema de sensores garante que o trator não passe sobre qualquer obstáculo inesperado, como um poste ou um animal solto. A tecnologia tornou-se viável para a agricultura graças a seu crescente uso pela indústria de automóveis, o que baixou os custos.
Para a colheita, o agricultor ainda tem de operar uma colheitadeira, mas a carreta posicionada ao lado dela para receber os grãos é autônoma. A carreta mantém o ritmo da colheitadeira, e uma vez repleta, se dirige a um caminhão esperando à margem do campo que está sendo colhido. O agricultor precisaria de duas pessoas, em vez de três, para a colheita de grãos.
A Kinze, uma empresa de capital fechado com cerca de 650 funcionários, fabrica carretas de grãos e plantadeiras, mas não tratores. Os equipamentos autônomos serão adaptados para um trator.
Embora em tese os agricultores poderiam programar o plantador autônomo e ir para casa, um cenário mais provável é que o produtor rural use vários plantadores de uma só vez, monitorando de longe todos eles, diz Jeremy Brown, diretor de operações da Jaybridge.
"É um equipamento grande e caro, acho que os agricultores vão preferir ficar por perto", diz.
A Kinze e a Jaybridge estão trabalhando rapidamente para comercializar o equipamento, e a tecnologia deve chegar ao mercado no início do próximo ano, disse Susanne Kinzenbaw Veatch, gerente de marketing da Kinze. A Kinze não revelou preços potenciais para o equipamento.
Nos Estados Unidos, os agricultores estão cada vez mais contando com a tecnologia de precisão, que ajuda a assegurar que os campos recebam a quantidade certa de sementes e fertilizantes para limitar o desperdício e produzir a maior safra possível. Os agricultores podem agora acompanhar a aplicação de fertilizantes e problemas com o equipamento através de smartphones. Atualmente, a maior parte do plantio já é guiada por sistemas de posicionamento global, ou GPS.
Fonte: Ian Berry/WSJ

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Gado brahman será criado no nordeste

O gado da raça Brahman desenvolvido geneticamente no cerrado uberlandense será levado para a região semiárida do Brasil. Um convênio assinado, no último fim de semana, entre o criatório UberBrahman e a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), de Mossoró (RN), permitirá que pesquisas sejam feitas no intuito de comprovar a alta performance do animal em relação à adaptação em condições climáticas adversas.

Segundo Marcelo Barbosa Bezerra, professor da Ufersa e médico veterinário, a experiência poderá prover a raça ideal a ser criada em um ambiente que conta com baixa umidade e longos períodos de seca. “Fomos procurados pelo criatório, que tem terras no Rio Grande do Norte, e resolvemos aceitar o desenvolvimento de um modelo experimental de procriação”, disse.

Representantes da África do Sul e da Namíbia, que buscam soluções para o déficit de produção alimentícia no continente africano, também se interessaram em acompanhar a experiência e, caso os resultados se mostrem positivos, levarão a raça para os respectivos países.

O gado Brahman, que está presente em 70 países, é usado tanto para corte, sendo que o aproveitamento da carcaça se aproxima a 55%, como para produção leiteira a partir de cruzamento com, principalmente, a raça Holandesa.

Nos seis últimos anos, a população de Brahman registrou um crescimento de 45% no Brasil, um aumento proporcional superior às duas maiores raças (Nelore e Angus). Dados da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) estimam que haja, atualmente, 192 mil cabeças do bovino no Brasil.

Secretaria vai divulgar raça entre pecuaristas
A Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de Uberlândia estuda viabilizar uma parceria com o criatório do boi Brahman para difundir a cultura da raça nas propriedades rurais do município. Hoje, estima-se que haja somente dois criatórios na cidade. Segundo a secretária Walkiria Borges Naves, o trabalho seria focado em gado de corte, já que a linhagem do boi se apresenta, atualmente, como uma das mais lucrativas.

Segundo pesquisas, o Brahman tem precocidade de crescimento, podendo ser abatido numa média de 28 meses de vida, enquanto o restante das raças permeia a média de 37,5 meses. Esse fator, aliado à menor emissão de metano emitido, torna a produção sustentável e diminui os gastos. “Estamos analisando ainda como seria a parceria, como forma de estimular a economia pecuária local”, disse a secretária.

HISTÓRIA

Resultado do cruzamento de, pelo menos, outras quatro raças (Gir, Nelore, Guzerá e Krishna), o Brahman surgiu nos Estados Unidos no fim do século 19 e foi introduzido efetivamente no Brasil há 17 anos. Além da alta capacidade genética para sobrevivência, a raça também é conhecida pela docilidade
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia - on line.

terça-feira, 5 de julho de 2011

As festanças e os causos do mês de junho



Acabou o mês de junho, o melhor do ano para quem gosta das “coisas do interior”. Ou melhor, da “roça” mesmo. Os três santos, Antônio, João e Pedro são comemorados com fogueiras, foguetes e muitas festas. Tem muita canjica, quentão fogueira, forró e muitos “causos”.
O primeiro é o mais querido das mulheres, porque é quem “arranja” os casamentos. Dizem que se a mulher ferver uma imagem de Santo Antônio

na água de fazer o café para o noivo, o rapaz não tem outra saída. Casa mesmo. Mas Pedro também tem seu poder. E como tem. Afinal, ele é lembrando não só por causa das festividades no dia 29 de junho, mas também por ser o porteiro do Céu.
E o João, não tem valor? Tem sim. Ele é também muito homenageado no interior do País. Aliás, tem cada “causo” sobre a fogueira de São João... Na festa, quando vai chegando à madrugada e todos já bem “animados” com os muuuuuuitos quentões tomados, há quem diga que se a pessoa tiver muita fé, pode passar descalço em cima das brasas da fogueira.
Bom. Eu nunca tive fé para isso, mas já conheci gente que teve. Melhor não dizer como os pés deles ficaram. Senão vão dizer que eles não têm fé. Ah, o povo diz também que se for à beira do rio, na “manhecida” do dia de São João, de 24 para 25, e não conseguir ver a sombra das duas orelhas refletidas na água é porque o sujeito não chegará ao São João do próximo ano. Cruz Credo!
Fonte: Palavra Rural

Cuidado com o canto da “coã”


A Acauã é um pássaro parecido com um gavião, e ocorre em várias regiões do Brasil. No Norte de Minas Gerais, acredita-se que quando ela canta está agourando alguém. A infeliz pessoa agourada, segundo a crença, não dura muito tempo.
O que se diz é que quando a “coã”, como é chamada na região, canta fatalmente alguém ali por perto morre no dia ou morrerá em breve.

Quem acredita no agouro da “coã”, não hesita em dizer nos velórios: "também, do jeito que tinha 'coã' cantando...”

Para quem não acredita, o argumento é forte. “Oras, quase todos os dias morre alguém, ‘coã’ cantando ou não”. Então ela é um pássaro que tem seu canto característico como qualquer outro. Pode concluir os que não acreditam na tal “coã”.

Verdade ou não quanto ao agouro do pobre pássaro, o certo é que como se diz lá pras bandas do Norte de Minas: “O feitiço está virando contra o feiticeiro”.

Em tempos em que os pássaros de belos cantos e muito admirados estão ameaçados, imagine para quem carrega a fama de ser agourenta e de ser tão odiada pelos sertanejos que acreditam em sua maldição?

Certo também é que quase não se ouve mais o canto da “coã” pelas matas daquela região. Estaria a pobre acauã passando de agourenta a agourada?

Fonte: Palavra Rural
A foto acima foi extraída do link: www.flickr.com/photos/flavioalvarenga/3057905265/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Agricultores em extrema pobreza vão receber verbas do Plano Brasil sem Miséria

Uma das metas do Plano Brasil sem Miséria para a zona rural é o pagamento de R$ 2,4 mil, por família, ao longo de dois anos, para agricultores em situação de extrema pobreza atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A finalidade é apoiar a produção e a comercialização excedente de alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família.

O programa prevê aumentar de 66 mil para 255 mil, até 2014, o número de agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Esses agricultores também terão o acesso à assistência técnica ampliado com a disponibilidade de uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Um total de 253 mil famílias receberão sementes, adubos e fertilizantes.

“O meio rural concentra o maior índice de pobreza. Um em cada quatro dos que vivem no meio rural são extremamente pobres. Serão acompanhadas 250 mil famílias e esses R$ 2,4 mil por família permitirá investimentos em organização da propriedade. Eles também receberão sementes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Segundo a ministra, outra meta é aumentar a compra de produtos desses agricultores por parte de estabelecimentos privados, como supermercados.

Análise

O que não pode é um programa com tamanha boa intenção e que tem potencial de grande alcance ser desvirtuado de seu objetivo. O que se tem visto, por meio de denúncias da e na imprensa, nos programas sociais dos governos, tanto municipais, quanto estaduais e federal é o uso das verbas de forma a privilegiar apadrinhados políticos.

Neste caso, antes de culpar o governo por uma possível falta de fiscalização, é preciso que as pessoas entendam que, como diz o próprio nome do programa Brasil sem Miséria, a intenção é erradicar a miséria que tanto envergonha o país e não conceder privilégios.

Fonte: Matéria de Yara Aquino e Daniella Jinkings repórteres da Agência Brasil

terça-feira, 31 de maio de 2011

Pequenos produtores de 7 estados avaliam impacto do Código Florestal

A Câmara dos Deputados aprovou o novo Código Florestal na terça-feira (24). Durante uma semana, o G1 ouviu pequenos produtores em sete estados (Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bahia) . Pontos que já motivam debates entre senadores e líderes do governo também causam preocupação entre os produtores. Nas reportagens (veja abaixo e ao lado), eles avaliam os possíveis impactos da nova lei em suas atividades.
O Código Florestal é a legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais e define o quanto deve ser preservado pelos produtores. O código atual é de 1965. Entre outras regras, o Novo Código prevê dois mecanismos de proteção ao meio ambiente.

O primeiro são as chamadas áreas de preservação permanente (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida. Há ainda a reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.
No Senado, itens podem ser alterados. Caso haja mudança em relação ao texto aprovado na Câmara, os deputados voltam a analisar o texto. Depois, o código vai à sanção da presidente Dilma Rousseff, que pode vetar o texto parcial ou integralmente.
PARANÁ - Na Região Metropolitana de Curitiba, um produtor conseguiu unir a preservação determinada pelo Código Florestal vigente a produção. José Ari da Silva produz cinco tipos de alface, brócolis e couve-flor. "Quando mais se planta, mais se ganha. Mas aqui ninguém quer ficar rico", diz José sobre a reserva legal de 20% que mantém em seu terreno. Leia mais

SÃO PAULO - Um ponto do Código Florestal que deverá causar impacto no estado de São Paulo é a proposta de isentar de recomposição da reserva legal as propriedades rurais de até quatro módulos fiscais. Se for aprovada, colocará a fazenda do produtor Rodrigo Immediato dentro da lei. Ele cria 130 cabeças de gado leiteiro numa área de 50 hectares na região de Pindamonhangaba. “Essa propriedade está com a minha família desde a época do café. Falar em reserva legal é difícil. Não era uma mentalidade da época”, diz. Leia mais

RIO DE JANEIRO - Em Maricá, no Rio de Janeiro, pequenos produtores, que utilizam suas propriedades para plantar aipim, banana, limão, milho e algumas hortaliças, reconhecem que a preservação da floresta é fundamental para garantir o sustento de suas famílias com o cultivo de produtos de qualidade para comercialização no mercado local. "A gente aqui não deixa ninguém desmatar. Somos fiscais voluntários desse espaço", diz José Milton dos Santos, produtor da região de Espraiado. Leia mais

MINAS GERAIS - O agricultor Luiz da Silva Filho retira o sustento da família de canteiros de brócolis, cebolinha e salsinha de sua propriedade na zona rural de Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. "Fui regularizar [o uso da água] e pediram para preservar 20% da área. O impacto é grande para mim e isso não daria retorno", afirmou, dizendo que a área de reserva legal prejudicaria a renda da família. Filho explica que não é contra a recomposição da vegetação nativa, mas diz que sem incentivo não conseguiria fazer o replantio. Leia mais

BAHIA - Pequeno produtor rural do povoado de Conchas, no distrito de Maniçoba, na Bahia, Bertulino diz que acompanha as discussões sobre o novo Código Florestal e há cinco anos reserva 50 metros da sua área, partindo da margem do rio, para preservação. "Converso muito com meus vizinhospara eles também preservarem, mas dizem que sou doido", conta Bertulino. Leia mais


MATO GROSSO - Dono de uma propriedade de 780 hectares em Sapezal (MT), o agricultor Jose Guarino Fernandes acredita que o código florestal será benéfico ao produtor, porque servirá para consolidar as áreas que já estão desmatadas e são produtivas. Ele diz que não vai se beneficiar, pois mantém as áreas de reservas exigidas por lei. Fernandes conta que utiliza 500 hectares para o plantio de soja e pastagem, outros 90 pertencem a uma APP e 190 são área de reserva legal. Leia mais

MATO GROSSO DO SUL - Hidenori Kudo cultiva arroz, mandioca, cana, eucalipto e milho em uma propriedade de 1.200 hectares, no município de Dourados (MS). Em sua propriedade, Kudo tem 120 hectares de reserva legal, 150 hectares de uma Área de Proteção Permanente (APP) e ainda uma área não contabilizada de mata ciliar. "Acho que as áreas de APP têm de ser incluídas na conta da reserva legal, se não pode inviabilizar a atividade", afirma
Fonte: g1.com.br

sexta-feira, 20 de maio de 2011

É arriscado derrotar governo no Código Florestal, diz Vaccarezza

BRASÍLIA - O governo quer convencer sua base a votar a proposta do Executivo para o novo Código Florestal. Usará como argumento episódios em que a base não seguiu a orientação do Planalto, como na votação da emenda que mudou a distribuição dos royalties do pré-sal.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta quinta-feira que, se a base tivesse votado como queria o Executivo, os royalties já estariam distribuídos aos Estados.
No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou emenda que implantaria uma distribuição vista por Estados produtores como prejudiciais a seus interesses.

"Eu acho muito arriscado empreender uma derrota ao governo nesse tema do Código Florestal", disse Vaccarezza a jornalistas. Ele não adiantou se a presidente Dilma Rousseff pretende vetar algum ponto do projeto que eventualmente desagrade o Planalto.

Vaccarezza reconheceu que é difícil controlar a base, mas garantiu que a votação do novo Código Florestal, adiada por três vezes, irá a plenário na próxima terça-feira, mesmo que resulte numa derrota para o governo.

"Nós não podemos adiar ad eternum a votação do Código Florestal", disse Vaccarezza, acrescentando que o Executivo não concorda com a legalização das áreas que já foram desmatadas, nem com a anistia para os que desrespeitaram a lei ambiental.

Na última semana, a votação foi adiada após Vaccarezza perceber um movimento de aliados a favor de uma emenda proposta pela oposição que retirava do Executivo a prerrogativa de regularizar ocupações em Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Na quarta-feira, alguns líderes da base e da oposição fecharam acordo em torno de uma nova emenda com o mesmo teor. O texto é do PMDB, partido da base do governo.

Vaccarezza admitiu que a reforma do Código Florestal "por pouco" não foi a plenário na quarta-feira, após forte movimento de parlamentares, contido pelo governo.

Ele rejeitou alegações de que haveria um acordo em que o governo cederia na votação do Código Florestal para que os requerimentos que pedem a ida do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, à Câmara para explicar seu patrimônio fossem aliviados.
"Isso é um absurdo", disse (Agrolink/Reuters)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Votação do novo Código Florestal é adiada

Depois de um dia inteiro de negociações fracassadas, a votação da proposta de reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados, marcada para quarta-feira, foi adiada para a próxima terça-feira.

Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, afirmou que o governo não trabalhava com essa hipótese, mas a falta de consenso obrigou a mudança de planos.

São dois os maiores focos de tensão que impediram um acordo.

O governo e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de reforma, divergem quanto à isenção a pequenas propriedades (de até quatro módulos fiscais) de recompor a Reserva Legal, uma parcela de mata nativa que deve ser mantida na propriedade. O governo defende que apenas agricultores familiares possam ser dispensados do reflorestamento.

O segundo motivo de atrito está no tratamento que será dado aos produtores que já ocupam Áreas de Preservação Permanente (APPs), como margens de rios, topos de morros e encostas.

Rebelo considera que deve haver uma exceção para culturas que tradicionalmente usam essas terras e para comunidades ribeirinhas. Já o Executivo sugeriu que as regras atualmente vigentes para APPs sejam mantidas e os casos especiais sejam regulamentados por decreto presidencial.

"O governo quer que por decreto se defina tudo e garante que todos os problemas podem ser resolvidos assim. Os agricultores têm uma insegurança e querem que (os detalhes) fiquem na lei", disse Rebelo a jornalistas após a reunião que definiu o adiamento da votação.

As reuniões em busca do consenso começaram à tarde, quando o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), e Rebelo foram ao Palácio do Planalto negociar com Luiz Sérgio e o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci.

Contudo, o impasse persistiu e quando retornou ao Congresso, Rebelo se reuniu com a bancada petista para explicar suas posições em relação a essas divergências. Em seguida, o relator e o líder do governo participaram de uma ampla reunião com mais membros do Executivo, onde ficou definido o adiamento.

Foram chamados os ministros da Agricultura, Wagner Rossi; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e o secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos; para vencer as divergências, mas o encontro serviu para aprofundar as diferenças.

"Nem o governo cedeu nesses pontos nem o Aldo (Rebelo) e a maioria da base cederam. Então nós vamos esperar até terça", afirmou Vaccarezza.

Na avaliação de um experiente parlamentar que falou sob a condição de anonimato, "o governo entrou numa fria", porque a reunião foi muito ampla e não havia um foco de negociação.

"Em dado momento, os deputados começaram a fazer apelos emocionados e retóricos sobre a importância da agricultura para o país", afirmou o parlamentar
Fonte: Agrolink/Reuters

terça-feira, 26 de abril de 2011

Agroecologia reduz custo de produção do tomate




O cultivo de tomate pode ter os custos reduzidos em até 84% se seguidas as normas agroecológicas de produção. Essa é uma constatação do engenheiro agrônomo Fábio Leonardo Tomas em dissertação de mestrado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). A principal redução está no não uso de defensivos, que ultimamente tem aumentado muito os custos na agricultura.
O experimento de Tomas foi feito com culturas de tomate em pequenas clareiras na Mata Atlântica, na região de Apiaí, SP. “Eu supus que a floresta poderia ser considerada um insumo agrícola, um instrumento da produção”, explicou. “Nós pudemos perceber que a taxa de infestação por bactérias, fungos e doenças foi muito menor”, conta Tomas, se referindo à comparação com o cultivo nos moldes tradicionais na mesma região.
Na produção tradicional, cada pé de tomate teve um custo de manutenção médio de R$ 5, enquanto no cultivo orgânico o gasto foi apenas R$ 0, 80. Mas há um inconveniente, sobretudo em tempos de inflação alta e grande demanda por alimentos no mundo. É que a produtividade das culturas agroecológicas foi menor do que a das lavouras convencionais. Na produção orgânica se obteve uma média de 100 caixas de 25 quilos por mil pés cultivados. As tradicionais alcançaram a marca de 250 caixas a cada mil pés.
A perda na produção, no entanto foi compensada no preço de venda. O preço médio por caixa do tomate tradicional foi R$ 15, contra R$ 70 do produto orgânico. “A menor produtividade se compensa em um menor custo e uma maior renda”, destacou Tomas, que acredita ser possível alcançar os mesmos resultados obtidos com o tomate em outras culturas.
Para o pesquisador, esse tipo de constatação deve entrar na discussão sobre o papel da reserva legal e áreas de preservação permanente dentro das propriedades rurais. “O produtor convencional muitas vezes enxerga a floresta dentro da sua propriedade, como um estorvo. Ele não considera aquela floresta como um apoio a sua atividade econômica”, analisa.

Com informações da Agência Brasil
Foto: Google

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Código Florestal requer um amplo debate


A definição do novo código florestal brasileiro não será tarefa fácil. Interesses à parte, a verdade é que ambos os lados, produtores e ambientalistas, têm bons e justos argumentos. Há duas grandes questões que têm de ser tratadas de forma muito séria. A produção de alimentos e a preservação da natureza, tanto de vegetais como dos animais, que tem cada vez menos espaço.
Pelo lado dos defensores do meio ambiente, a luta é em prol de um País mais “verde” e mais sustentável ambientalmente. Afinal já temos muitos sinais de que a natureza não suporta mais tanta intervenção humana. É preciso pensar também nos animais da fauna brasileira. Onde vão morar, tamanduás, onças, tatus, lobos-guarás e uma infinidade de outros animais que já não encontram mais onde se abrigar e já quase não encontram alimentos na natureza? É preciso que eles sejam respeitados e tenham seu espaço preservado.
Por outro lado, como fica o pequeno produtor que já tem uma propriedade quase insuficiente para a sua produção e ainda tem de deixar parte dela destinada à preservação? Segundo cálculos do estudo do Instituto de Estudo do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) a implantação do código florestal trará perda 8,4% na área destinada a grãos em 2022. O estudo mostra que a produção de grãos do País seria da ordem de 193,6 milhões de toneladas em 11 anos. Mas se o Código Florestal fosse realmente implantado, esse volume recuaria em 3,2%.
Várias culturas seriam afetadas com as normas. A redução na produção seria de 5,6% na soja e de 1,2% nas carnes. Já o impacto nos preços seriam bem maiores. A previsão é que, com a redução da área plantada, haverá alta de 26,6% no preço da soja; 34,1% no etanol, 16,7% no milho, 23,4% no boi e 11,9% nos frangos. "O que o estudo mostra é que não adianta criar Reserva Legal em área produtiva. Não expandir a produção no ritmo da demanda terá impactos", afirma André Nassar, diretor-geral do Icone
O tema requer mesmo muita discussão e muita prudência. Afinal, a preservação ambiental é inadiável, a lista de animais em extinção é enorme. Mas a redução da pobreza e da fome também é um tema muito atual e a grande meta do governo da presidente Dilma Rousseff. Em caso de uma vitória dos produtores, pelo menos já há uma boa notícia. Os pequenos serão os mais favorecidos. Isso é bom. A agricultura familiar é responsável pela produção de até 70% de alguns alimentos, como a mandioca, por exemplo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Setor de celulose e ambientalistas apresentam proposta para Código Florestal

O setor de celulose e organizações ambientalistas apresentaram na quinta-feira (24) um proposta conjunta de mudança no Código Florestal. O texto tem 16 pontos e pretende ser consenso entre as demandas do agronegócio e das instituições da sociedade civil de defesa do meio ambiente.
O documento defende que a legislação incorpore mecanismos de incentivo à preservação e à recuperação de áreas de mata, como o pagamento por serviços ambientais e os créditos de carbono. Segundo o diretor da organização não governamental (ONG) Amigos da Terra, Roberto Smeraldi essa é uma das principais diferenças em relação ao projeto de novo Código Florestal, que tem o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como relator.

“O Código Florestal deve prever incentivos econômicos em vez de multas e sanções”, ressaltou a presidenta da Associação Brasileira de Celulose e Papel [Abracelpa], Elizabeth Carvalhaes. O diretor do Instituto BioAtlântica, Beto Mesquita, defende que esses incentivos, além de estarem adequados à necessidade de preservação, devem chegar à demanda por recuperação da cobertura florestal.

Por isso, ressaltou Smeraldi, o texto apresentado nesta quinta (24) não contempla anistia para proprietários que desmataram mais do que o permitido, ao contrário do previsto na proposta de Rebelo. Não há também isenção da reserva legal para pequenas propriedades ou moratória do desmatamento. O projeto do Código Florestal estipula que a derrubada da mata seja proibida por um prazo de cinco anos após a sua aprovação.

Para Smeraldi, essas diferenças marcam a essência da proposta. O texto busca, de acordo com ele, trazer soluções duradouras para os problemas relativos à preservação e produção. O ambientalista ressaltou que o projeto foi pensado “com uma ideia de futuro e não de resolver passivos tópicos”.
Entre os pontos controversos que o projeto aborda está a questão das áreas de proteção permanente (APPs). A vegetação que protege regiões frágeis, como cursos de água, poderia entrar no cálculo da reserva legal, percentual de mata nativa que deve ser preservada dentro da propriedade. Isso com algumas restrições, entre elas, que não haja a conversão de novas áreas. Não há, no entanto, a previsão de diminuir o tamanho das APPs, como proposto por Rebelo. (Agência Brasil/Agrolink)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fronteira de Mato Grosso do Sul é reconhecida como livre de aftosa

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por meio da Comissão Científica, reconheceu nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, a Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, todo o estado passa a ter essa classificação. A decisão foi comunicada ao secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, pelo diretor-geral da OIE, Bernard Vallat. “Trata-se do reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos técnicos do Ministério da Agricultura e dos fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal”, explica o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.

Entre as medidas que contribuíram para o reconhecimento da OIE, o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, destaca o controle efetivo do trânsito dos animais, a vigilância intensiva, a identificação individual do rebanho e a vacinação oficial, que contou com a fiscalização dos técnicos estaduais e do governo federal. “Essa iniciativa vai contribuir para conquistarmos mercados importantes que veem como requisito o estado inteiro estar livre da doença com vacinação”, enfatiza Jardim.

Em 2001, o Mato Grosso do Sul tinha alcançado o status de livre de febre aftosa com vacinação pela OIE. Mas, com o surgimento de um foco da doença, em 2005, o organismo internacional decidiu suspender esse reconhecimento. Em 2008, parte do estado retornou à condição de área livre com vacinação, exceto a Zona de Alta Vigilância (ZAV), que foi implantada na época. Após ações intensivas na região, em agosto de 2010, o Ministério da Agricultura encaminhou o pedido do restituição do status.

A Zona de Alta Vigilância é composta por 13 municípios: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. Essas cidades fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Nessa região, são criados cerca 800 mil bovinos e búfalos. Fonte: Kelly Beltrão/Mapa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Valor da produção pode atingir R$ 187 bi em 2011

A mais recente estimativa para o Valor Bruto da Produção em 2011 pode chegar a R$ 187 bilhões. O resultado, obtido a partir das pesquisas de safra realizadas em dezembro de 2010 e baseado nos preços praticados nos principais mercados do país, é 8,29% superior ao obtido no ano passado (R$ 172,74 bilhões), de acordo com estudo da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura. Se confirmado ao logo do ano, este será o maior valor da série histórica iniciada em 1997.

“As perspectivas de uma safra favorável, que pode chegar a 149,4 milhões de toneladas,pelas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e a tendência de alta de preços dos principais produtos agrícolas são fatores essenciais para os resultados de 2011”, explica o coordenador de Planejamento Estratégico do ministério, José Gasques, responsável pela pesquisa.

Os melhores resultados obtidos até dezembro são para uva (55,9%), feijão (41%), algodão (38,3%), pimenta do reino (23,5%), laranja (22,7%), mandioca (20,2%), café (13,1%) e arroz (11,2%). Em percentuais pouco menores de aumento no valor da produção encontram-se o milho (10,7%) e a soja (5%). A recuperação do valor da produção desses dois produtos, que no ano passado tiveram decréscimo, pode ser essencial para os resultados da renda da agricultura em 2011.

Poucos itens devem apresentar redução do valor da produção neste ano. Entre eles, se destacam a cebola (- 63%) e o trigo (-22,4%). “Como há divergência entre as estimativas de produção da Conab e do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação ao trigo, o resultado do cereal será revisto ao longo dos próximos meses”, observa Gasques. Já a redução acentuada de valor para a cebola deve-se à base utilizada, relativa a outubro de 2010, quando, segundo o coordenador, foram registrados resultados consideravelmente inferiores às médias anteriores.

Regiões

Na análise por região, ainda não há dados disponíveis para o ano que se inicia, mas 2010 terminou com resultados favoráveis para o Norte (8,3%), Sudeste (12,15%) e Sul (5%). Nestas regiões, os estados que mais se destacaram foram Pará, Minas Gerais, São Paulo e Paraná

No Centro-Oeste, a queda de valor da produção ocorreu exclusivamente em Mato Grosso e Goiás, cujos resultados foram comprometidos principalmente pelo milho e pela soja (MAPA) .

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Agricultores sertanejos comemoram bom período de chuvas

De acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco, nos próximos três meses, o volume de chuvas vai ficar dentro da média ou um pouco acima do normal no Sertão

A chuva que reapareceu antes do fim do ano tem animado agricultores das regiões semi-áridas. O bom período chuvoso esperado pelo sertanejo é provocado pelo fenômeno La Niña, que é o esfriamento das águas do oceano Pacífico, afetando o comportamento climático do continente americano e de outras regiões do planeta.

De acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco, o fenômeno deve possibilitar pelo menos nos próximos três meses, um volume de chuvas que fique dentro da média ou um pouco acima do normal. Seria uma precipitação ideal para uma boa colheita no semi-árido. “A gente planta, mas a esperança é Deus abençoar para a gente pegar e vender por um preço legal”, conta o agricultor Laércio dos Santos, que começou a plantar milho em dezembro do ano passado.

Um exemplo foi o que ocorreu no município de Floresta, em dezembro de 2010. Foram registrados pouco mais de 200 milímetros no mês, quando a média histórica é de 40 milímetros. Em Afogados da Ingazeira, choveu 85,4 mm, superando a média de janeiro para o mês, que foi de 57,6 milímetros (PE 360 Graus).