terça-feira, 27 de maio de 2014

Governo institui agência para apoiar a agricultura familiar

O governo federal instituiu no dia 27 de maio a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, que priorizará serviços para a agricultura familiar e os médios produtores rurais


A Anater vai promover, estimular, coordenar e implementar programas de assistência técnica e extensão rural, visando à inovação tecnológica e à apropriação de conhecimentos científicos. Também vai apoiar a utilização de tecnologias sociais e os saberes tradicionais utilizados pelos produtores rurais, assim como fomentar o aperfeiçoamento e adoção das novas técnicas.


De acordo com o texto publicado hoje, a agência poderá firmar parcerias com os órgãos estaduais de assistência técnica e extensão rural, mas também deverá compatibilizar a atuação em cada unidade e ampliar a cobertura da prestação de serviços aos beneficiários.


Poderão ser celebrados, ainda, acordos e outros instrumentos de cooperação com organismos internacionais e instituições estrangeiras.


A agência será gerida por uma diretoria executiva composta por um presidente e três diretores executivos que serão escolhidos e nomeados pelo presidente da República, para mandato de quatro anos. Também serão formados os conselhos Fiscal e de Administração.


A Anater será assessorada por um Conselho Assessor Nacional, de caráter consultivo, composto por vários órgãos e representações da sociedade. O regime de pessoal será celetista e os empregados serão escolhidos por meio de processo seletivo público.

Fonte: Agência Brasil

Agricultores já acessam mais internet que jornais e revistas

Uma pequena revolução foi constatada na 6ª Edição da “Pesquisa Comportamental e Hábitos de Mídia do Produtor Rural Brasileiro 2013/2014”. Vem crescendo exponencialmente o número de agricultores que usam o computador e a internet: nada menos que 39% dos entrevistados estão conectados – mais do que os que leem jornais e revistas tradicionais.


O resultado representa um aumento de dez pontos percentuais em relação a 2003/2004, quando eram 29%. Sobre a pesquisa dos anos 1988/1999, a expansão é gigantesca: naquela época, somente 3% utilizavam a tecnologia, aponta o estudo realizado pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A).


O número é ainda mais impressionante quando comparado aos meios tradicionais de comunicação. O levantamento aponta que 34% leem jornal impresso (praticamente estável em relação a 2009/2010 (32%). Houve queda de um ponto percentual na quantidade de produtores rurais que consomem revistas dirigidas ao setor agropecuário: agora são 23%. 


A televisão segue tendo o maior público: 95% dos entrevistados. No entanto, o número caiu três pontos percentuais ante os 98% registrados 2009/2010. Também no rádio (tradicional meio de comunicação do campo) houve queda – dez pontos percentuais – de 80% em 2009/2010 para 70% atualmente. 


“Vemos a mudança da relação do produtor rural com os meios da comunicação. As principais finalidades das redes sociais para ele é o uso técnico, para busca e disseminação de suas informações”, analisa o diretor da IPSOS Media CT, Diogo Oliveira, responsável pelo levantamento de dados para a pesquisa da ABMR&A.
Fonte: Agrolink 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Projeto incentiva captação de água da chuva para irrigação de hortas comunitárias

Hortas irrigadas com água captada da chuva são implantadas em áreas comunitárias no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha como alternativa de renda e incentivo ao consumo de alimentos com elevado poder nutritivo.

As hortas agroecológicas, sem uso de agrotóxicos, foram implantadas nos municípios de Janaúba, Porteirinha, Verdelândia e Leme do Prado. O projeto, desenvolvido por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), utiliza a água de chuva captada para irrigação por microaspersão dos canteiros de hortaliças de folhas e de raízes. Reservatórios de ferro e cimento, com capacidade para reserva entre 52 mil e 105 mil litros, foram construídos para armazenamento da água da chuva captada por calhas instaladas nos telhados de áreas comunitárias. 



“A coleta de água da chuva para produção de alimento no semiárido mineiro é uma ferramenta importante de convivência com a seca”, afirma a pesquisadora Polyanna de Oliveira, que é também chefe de pesquisa da EPAMIG Norte de Minas. Ela explica que somente a água da chuva não é suficiente para manter a produção de hortaliças durante todo ano, por isso os reservatórios contam também com abastecimento adicional de água de acordo com a disponibilidade do local. Polyanna acrescenta que são produzidos alevinos de tilápia nos tanques. “O peixe fertiliza a horta, limpa o tanque, evita a dengue, além de ser mais uma fonte alimento”, explica. A pesquisadora ressalta que este sistema de armazenamento de água de chuva pode ser utilizado tanto na produção agrícola quanto em residências. “A média de captação da chuva vai depender da área do telhado para captação da água e da média de precipitação no local.

Polyanna acrescenta que são produzidos alevinos de tilápia nos tanques. “O peixe fertiliza a água utilizada para irrigação da horta, limpa o tanque, evita a dengue, além de ser mais uma fonte alimento”. A pesquisadora ressalta que este sistema de armazenamento de água de chuva pode ser utilizado tanto na produção agrícola quanto em residências. “A quantidade de água armazenada dependerá média da área de captação do telhado e da média de precipitação do local”, explica.

Na Comunidade de Posses, no município de Leme do Prado, no Vale do Jequitinhonha, artesãs da Associação Mãos de Fadas iniciaram em março deste ano o cultivo de cerca de 30 variedades de hortaliças e plantas medicinais sem uso de agrotóxico. No entorno foram plantadas lavouras de milho e feijão-guandu que servem também como quebra-vento. De acordo com a presidente da Associação, Dulceney Antunes, na fase inicial essas hortaliças serão consumidas pelas famílias das mulheres que participam do projeto e, posteriormente, o excedente será vendido para a comunidade. “Queremos também produzir tempero verde e conserva de pimenta” afirma Dulce.

“Essas famílias podem obter uma renda mensal de cerca de R$ 700 mensais. Pode ser um complemento da renda e também estímulo para essas mulheres”, incentiva o técnico agrícola da EPAMIG, Jair de Oliveira que acompanha o cultivo e o manejo das hortas da comunidade de Posses.

Os estudos desenvolvidos no projeto “Difusão de tecnologia de hortas no sistema agroecológico com captação de água de chuva no semiárido mineiro” são financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), desdobramento de um projeto iniciado em 2010 que teve também apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Aprimoramos o sistema desenvolvido nas fazendas da EPAMIG no Norte de Minas, que contou com a participação dos funcionários da Empresa e rendeu a obtenção do Selo de Responsabilidade Empresarial”, conta a coordenadora do projeto, Wânia Neves, que é também chefe de pesquisa da EPAMIG Unidade Centro-Oeste, na qual são desenvolvidas diversas pesquisas em olericultura. Fonte: AI/EPAMIG