terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Valor da produção pode atingir R$ 187 bi em 2011

A mais recente estimativa para o Valor Bruto da Produção em 2011 pode chegar a R$ 187 bilhões. O resultado, obtido a partir das pesquisas de safra realizadas em dezembro de 2010 e baseado nos preços praticados nos principais mercados do país, é 8,29% superior ao obtido no ano passado (R$ 172,74 bilhões), de acordo com estudo da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura. Se confirmado ao logo do ano, este será o maior valor da série histórica iniciada em 1997.

“As perspectivas de uma safra favorável, que pode chegar a 149,4 milhões de toneladas,pelas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e a tendência de alta de preços dos principais produtos agrícolas são fatores essenciais para os resultados de 2011”, explica o coordenador de Planejamento Estratégico do ministério, José Gasques, responsável pela pesquisa.

Os melhores resultados obtidos até dezembro são para uva (55,9%), feijão (41%), algodão (38,3%), pimenta do reino (23,5%), laranja (22,7%), mandioca (20,2%), café (13,1%) e arroz (11,2%). Em percentuais pouco menores de aumento no valor da produção encontram-se o milho (10,7%) e a soja (5%). A recuperação do valor da produção desses dois produtos, que no ano passado tiveram decréscimo, pode ser essencial para os resultados da renda da agricultura em 2011.

Poucos itens devem apresentar redução do valor da produção neste ano. Entre eles, se destacam a cebola (- 63%) e o trigo (-22,4%). “Como há divergência entre as estimativas de produção da Conab e do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação ao trigo, o resultado do cereal será revisto ao longo dos próximos meses”, observa Gasques. Já a redução acentuada de valor para a cebola deve-se à base utilizada, relativa a outubro de 2010, quando, segundo o coordenador, foram registrados resultados consideravelmente inferiores às médias anteriores.

Regiões

Na análise por região, ainda não há dados disponíveis para o ano que se inicia, mas 2010 terminou com resultados favoráveis para o Norte (8,3%), Sudeste (12,15%) e Sul (5%). Nestas regiões, os estados que mais se destacaram foram Pará, Minas Gerais, São Paulo e Paraná

No Centro-Oeste, a queda de valor da produção ocorreu exclusivamente em Mato Grosso e Goiás, cujos resultados foram comprometidos principalmente pelo milho e pela soja (MAPA) .

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Agricultores sertanejos comemoram bom período de chuvas

De acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco, nos próximos três meses, o volume de chuvas vai ficar dentro da média ou um pouco acima do normal no Sertão

A chuva que reapareceu antes do fim do ano tem animado agricultores das regiões semi-áridas. O bom período chuvoso esperado pelo sertanejo é provocado pelo fenômeno La Niña, que é o esfriamento das águas do oceano Pacífico, afetando o comportamento climático do continente americano e de outras regiões do planeta.

De acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco, o fenômeno deve possibilitar pelo menos nos próximos três meses, um volume de chuvas que fique dentro da média ou um pouco acima do normal. Seria uma precipitação ideal para uma boa colheita no semi-árido. “A gente planta, mas a esperança é Deus abençoar para a gente pegar e vender por um preço legal”, conta o agricultor Laércio dos Santos, que começou a plantar milho em dezembro do ano passado.

Um exemplo foi o que ocorreu no município de Floresta, em dezembro de 2010. Foram registrados pouco mais de 200 milímetros no mês, quando a média histórica é de 40 milímetros. Em Afogados da Ingazeira, choveu 85,4 mm, superando a média de janeiro para o mês, que foi de 57,6 milímetros (PE 360 Graus).