terça-feira, 20 de março de 2012

O debate sobre o Código Florestal

Está certo o deputado Paulo Piau, de Minas Gerais, quando fala da necessidade de o homem do campo usar as margens dos rios para o cultivo. À imprensa, ele disse que historicamente o homem procurou os rios como meio de sobrevivência. O que é verdade. A história nos conta que o desenvolvimento humano teve seu início nos vales dos rios Tigres e Eufrates, na antiga Mesopotâmia. De lá para cá, essa dependência do homem aos rios só aumentaram. Muita gente, se dizendo ambientalista, critica o modelo de exploração. Sou a favor da preservação das florestas, dos rios, enfim. Mas, muitas culturas só produzem em áreas que tem a exploração proibidas. No sul de Minas Gerais, por exemplo, o café se adapta melhor às montanhas. Essas áreas, do ponto de vista ambiental, não deveriam ser cultivadas. O debate é interessante e tanto ambientalista quanto ruralistas tem seus motivos. O que não se pode esquecer é que a demanda por alimentos é cada vez maior e é preciso produzi-los.

quarta-feira, 14 de março de 2012

ENFISA aprova Carta de Manaus e traz importantes propostas visando à saúde do homem e a preservação ambiental

Mais responsabilidade no uso dos agrotóxicos no Brasil com objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores do setor e garantir a segurança dos alimentos que são levados diariamente à mesa do consumidor. É o que propõe o Encontro de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos (ENFISA), que chega à sua décima edição em 2012. A etapa Regional Norte foi realizada nos dias 6,7 e 8 de março, em Manaus (AM), com a participação de representantes dos órgãos de defesa agropecuária de todos os estados da Região Norte e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Participaram também, como ouvintes, representantes de cinco associações de indústrias de insumos agrícolas.

Sob coordenação de Luiz Antônio da Silva (CODESAV/SEPROR) e de Luís Eduardo Pacifici Rangel (MAPA), os participantes do ENFISA aprovaram a “Carta de Manaus”, cuja redação traz importantes proposições para o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. As propostas visam à melhoria das práticas de combate às pragas da agricultura e à diminuição do risco para trabalhadores rurais incumbidos da aplicação de agrotóxicos. A qualidade dos alimentos, a saúde animal e a preservação do meio ambiente também estão contempladas no documento.

A Carta de Manaus propõe, ainda, planos de ações para agilizar o que foi discutido e proposto no evento. Faz parte dessas sugestões, a necessidade de intensificar a fiscalização de devolução de embalagens vazias nas propriedades rurais e a verificação também no comércio e no uso de agrotóxicos. Outra proposta importante, principalmente no que se refere ao trabalho junto à comunidade, foi a de propor políticas para que o uso de agrotóxicos em comunidades quilombolas, assentamentos e áreas indígenas seja realizado de maneira segura.


ENFISA - É o principal fórum de discussão técnica sobre regulamentação de agrotóxicos no Brasil. Foi iniciado em 2002 e sua importância está no fato de que as prioridades identificadas durante a reunião resultam na maior harmonização nos procedimentos estaduais de fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos, com total transparência para o setor privado e a comunidade em geral.
O ENFISA tem a organização da Agropec Consultoria em Defesa Agropecuária, empresa sediada em Belo Horizonte e com 34 anos de prestação de serviços para instituições públicas e privadas, tanto no Brasil quanto no exterior.


Agenda

A próxima etapa regional do ENFISA será em Brasília (DF) de 10 a 12 de abril na Embrapa Estudos e Capacitação. Participarão representantes de órgãos responsáveis por fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Mais informações sobre a Carta de Manaus: http://issuu.com/reginasugayama/docs/enfisanorte2012

terça-feira, 6 de março de 2012

Convênio fomenta agricultura familiar

No ano do cooperativismo, a agricultura familiar ganha força na 13 edição da Expodireto. A feira, conhecida por trazer novidades aos agricultores empresariais, está investindo nos pequenos. Prova disso é o convênio que será assinado hoje entre a Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), a Emater e a Cotrijal, em Não-Me-Toque. Segundo o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, a ideia é que a Emater fortaleça a extensão rural aos seus associados, a cooperativa amplie o espaço para o setor na Expodireto e a SDR apoie financeiramente a iniciativa. "É uma política que vai ter reflexo na produção, na agregação de valor", salientou Mânica.

O pavilhão da agricultura familiar na feira, que teve abertura oficial ontem, conta com 146 estandes (81 de agroindústrias, 50 de artesanato e 15 de flores e plantas). A expectativa de faturamento da Emater, responsável pelo espaço, é de R$ 440 mil ante R$ 430 mil no ano passado. De acordo com o presidente da Emater, Lino de David, a grande novidade deste ano é uma efetiva participação do setor nos debates. "Setenta por cento do público que vem à Expodireto é formado por agricultores familiares." Para David, o maior problema no Estado é a impossibilidade de escoar a produção, o que deve ser resolvido com o Suasa.