segunda-feira, 6 de junho de 2011

Agricultores em extrema pobreza vão receber verbas do Plano Brasil sem Miséria

Uma das metas do Plano Brasil sem Miséria para a zona rural é o pagamento de R$ 2,4 mil, por família, ao longo de dois anos, para agricultores em situação de extrema pobreza atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A finalidade é apoiar a produção e a comercialização excedente de alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família.

O programa prevê aumentar de 66 mil para 255 mil, até 2014, o número de agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Esses agricultores também terão o acesso à assistência técnica ampliado com a disponibilidade de uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Um total de 253 mil famílias receberão sementes, adubos e fertilizantes.

“O meio rural concentra o maior índice de pobreza. Um em cada quatro dos que vivem no meio rural são extremamente pobres. Serão acompanhadas 250 mil famílias e esses R$ 2,4 mil por família permitirá investimentos em organização da propriedade. Eles também receberão sementes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Segundo a ministra, outra meta é aumentar a compra de produtos desses agricultores por parte de estabelecimentos privados, como supermercados.

Análise

O que não pode é um programa com tamanha boa intenção e que tem potencial de grande alcance ser desvirtuado de seu objetivo. O que se tem visto, por meio de denúncias da e na imprensa, nos programas sociais dos governos, tanto municipais, quanto estaduais e federal é o uso das verbas de forma a privilegiar apadrinhados políticos.

Neste caso, antes de culpar o governo por uma possível falta de fiscalização, é preciso que as pessoas entendam que, como diz o próprio nome do programa Brasil sem Miséria, a intenção é erradicar a miséria que tanto envergonha o país e não conceder privilégios.

Fonte: Matéria de Yara Aquino e Daniella Jinkings repórteres da Agência Brasil