segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Produtores estão satisfeito com o milho safrinha em MG

A colheita do milho da segunda safra nos 320 hectares que o agricultor Antônio José de Lima cultivou em Patrocínio, no Alto Paranaíba, está no começo. Menos da metade da área foi colhida e a produtividade está agradando. "Estamos esperando uma produtividade de mais ou menos uns 120 sacos", diz.
Em Minas Gerais, o milho da segunda safra, o chamado safrinha, se tornou uma opção lucrativa para os produtores, tanto que em comparação com a mesma safra do ano passado, a área plantada com o cereal no estado aumentou 26%.
De acordo com o último levantamento de safra da Conab, o milho da segunda safra em Minas Gerais ocupa uma área de 118 mil hectares. O ano passado, a mesma safra foi plantada em 94 mil hectares. "Além de obter um lucro extra na propriedade, o produtor tem outro grande benefício, que é a formação de palhada, fundamental para a próxima cultura, com a liberação de nutrientes. A produtividade aumenta muito", explica Alex Rodrigo de Lima, agrônomo.
O agricultor Francisco Gonçalves, também de Patrocínio, aproveitou bem o momento. Ele plantou mais de mil hectares, o dobro em relação ao ano passado. Feliz da vida, Francisco já negociou parte da safra e garantiu um bom lucro. "O meu custo hoje está em torno de  R$11,50 por saco e eu consegui fazer venda um pouco antecipada a R$ 23, então sobra um lucro razoável, bom até”, diz.
De acordo com a Conab, a produção do milho safrinha em Minas Gerais deve chegar a 620 mil toneladas, aumento de 18% em relação ao ano passado. Fonte: Globo Rural

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O problema da seca no Norte de Minas

Entra ano e sai ano e o problema é o mesmo. A população do Norte de Minas sofrendo com os graves problemas da seca. A situação é grave, mas não deixa de ser um jogo de empurra entre níveis de governo. Os prefeitos jogam para o governo do estado, que põe a culpa no governo federal. Enquanto isso, deputados federais e estaduais vão se elegendo às custas de promessas para resolver uma situação que existe desde sempre e nunca foi resolvida.

 Há poucos dias ouvi uma frase interessante e que serve para ilustrar o problema da seca que assola o norte-mineiro. Um especialista dizia que esquimós nunca pensaram em acabar com o gelo. Pelo contrário, desenvolveram meios para viver nele. Para o norte-mineiro, a lógica deve ser essa. Já que não pode acabar com a seca, deve-se buscar meios de sobreviver a ela e amenizar seus efeitos. Para isso, é necessário o trabalho coletivo de entidades públicas, civis e a população em ger

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

R$ 500 milhões de prejuízo com carrapatos


 Um estudo minucioso feito pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) revelou uma estatística assustadora: o carrapato-de-boi, conhecido cientificamente por Rhipicephalus (Boophilus) microplus, causa um prejuízo anual de pelo menos US$ 216 milhões à bacia leiteira do estado. A cifra – quase R$ 500 milhões pelo câmbio da última quinta-feira – representa o valor em leite que o rebanho em Minas deixa de produzir no período de 12 meses por causa do ataque da praga.

O levantamento mostrou que os parasitas causam, em média, uma perda de 90,24 quilos de leite por vaca, durante o período de lactação. São 491 milhões de quilos de leite que não chegam ao mercado por causa da praga, levando em conta o rebanho mineiro voltado para a atividade. Como em 2012 o valor médio do litro foi de US$ 0,44, o prejuízo dos pecuaristas do estado com os carrapatos fica próximo de US$ 216 milhões, ou cerca de meio bilhão de reais. Os estudos de todo o país serão unidos e as perdas devem girar algo em torno de R$ 1 bilhão. Para ser eficaz, controle da praga tem que ser estratégico e sem exageros.


A pesquisa é assinada por dois especialistas em parasitologia veterinária: o professor Romário Cerqueira Leite, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da UFMG, e pelo seu ex-aluno de doutorado Daniel Sobreira Rodrigues, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Esse estudo e o de outros profissionais espalhados pelo país serão consolidados, dentro de alguns meses, num único documento, o qual será usado como ferramenta para sensibilizar o governo a implantar políticas públicas no combate aos parasitas de bovinos.

Romário Leite e Daniel Rodrigues apuraram que os carrapatos causam, em média, uma perda de 90,24 quilos de leite, numa única vaca, durante o chamado período de lactação – a ciência considera que uma vaca produz o alimento durante 305 dias (período de lactação) e “descansa” os demais 60 dias do ano. “Multiplicando-se os 90,24 quilos de leite perdidos por uma vaca pelo número total de animais em produção no estado, que somam 5,447 milhões de cabeças, temos a perda, que é de 491 milhões de quilos de leite. Levando-se em conta que cada litro custou em média, durante 2012, cerca de US$ 0,44, significa dizer que o prejuízo dos pecuaristas é de US$ 216 milhões”, esclarece o professor.

O mesmo estudo está sendo feito em nível nacional. Em todo o país, segundo estatística oficial, há 23,2 milhões de vacas em produção. Dessa forma, os fazendeiros brasileiros deixam de vender o equivalente a US$ 921 milhões em leite. É bom lembrar que os carrapatos também causam outros prejuízos, como lembra o médico-veterinário Renato Andreotti, da unidade Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): “O parasita danifica a carne, o couro… Provoca dor e estresse no gado”.

Corte na carne  

Em abril, durante o primeiro Simpósio Internacional sobre Controle de Carrapatos e Doenças Transmitidas por Carrapatos, promovido em Campo Grande (MS), foi estimado que, somente nos estados do Sul do país, esses parasitas causam uma perda de 1,72 bilhão de quilos de carne. Isso, esclarece o professor da UFMG, considerando que o rebanho daquela região é de 42,5 milhões de cabeças e que a perda média provocada pelo carrapato é de 1,18 grama por dia num animal.

Como cada quilo da carne bovina é avaliado, em média, em US$ 1,62, os pesquisadores concluíram que a perda financeira causada por carrapatos no gado de corte do Sul do Brasil é de US$ 2,787 bilhões. É importante dizer que a maioria do rebanho daquela região tem origem europeia, cujas raças são mais sensíveis aos ataques de carrapatos. Fonte: Estado de Minas

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Codevasf investe R$ 1,8 bi para levar água ao semiárido

Cerca de R$ 1,8 bilhão estão sendo investidos pela Codevasf dentro dos esforços do governo federal no combate aos efeitos da longa estiagem no semiárido. A maior parte deste montante é oriunda do Programa de Aceleração do Crescimento Prevenção (PAC-Prevenção). As obras contemplam a construção de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento de água, além de ações do programa Água para Todos, com instalação de cisternas, construção de barreiros, implantação de sistemas simplificados de abastecimento e perfuração de poços.
Os investimentos da Codevasf por meio do PAC-Prevenção somam R$ 922,1 milhões até 2014. Deste total, R$ 687,8 milhões estão destinados a obras estruturantes, como construção de barragens. Dentre os empreendimentos encontra-se a Barragem Jequitaí, em Minas Gerais, que integra um sistema de barragens. A obra vai viabilizar segurança hídrica e geração de energia para diversos municípios da região. Também irá permitir o controle de cheias, evitando-se a inundação de áreas propícias à agricultura, elevando o nível d'água até cotas adequadas para abastecimento dos canais do perímetro de irrigação. Quando concluída, a Jequitaí beneficiará mais de 500 mil pessoas de 12 municípios do norte de Minas Gerais.

O estado do Piauí também está recebendo investimentos que garantirão a conclusão de dois empreendimentos associados a segurança hídrica: a conclusão das barragens de Tinguís e Pedregulho.

“Outra ação emergencial diz respeito à perfuração e instalação de poços tubulares, seja para abastecimento humano, dessedentação animal ou produção agrícola. Até o final deste ano serão concluídos cerca de mil poços e até junho de 2014 chegaremos às duas mil unidades, beneficiando diretamente mais de 200 mil pessoas”, explica Elmo Vaz, presidente da Codevasf.

A implantação de adutoras também está recebendo uma fatia dos investimentos da Codevasf por meio do PAC-Prevenção. Na Bahia são cerca de R$ 144 milhões na primeira e na segunda etapas da adutora de Guanambi. No total, a obra terá cerca de 400 km de extensão e irá beneficiar, de imediato, cerca de 180 mil pessoas.

No Piauí, por meio de contratos que somam R$ 59,9 milhões a serem firmados ainda neste ano, aCodevasf vai investir na construção das adutoras de Lagoa do Barro, Queimada Nova, Vila Nova, São Raimundo Nonato, Dirceu Arcoverde (Pedregulho), Massapê e da adutora do Sudeste, que atenderá os municípios de Jaicós, Belém do Piauí, Padre Marcos, Francisco Macedo, Alegrete, Marcolândia e Caldeirão Grande